5W2H – Agilidade e simplicidade para seu plano de ação

5W2H – Agilidade e simplicidade para seu plano de ação

   Tratando-se de planejamento estratégico para o estabelecimento de planos de ação para resolução de problemas, necessitamos de uma ferramenta que nos permita conduzir do nosso objetivo até a prática, enxergando o que é necessário ter e fazer para tornar real algo que foi planejado. Basicamente, utiliza-se o 5W2H para que o “problema” seja compreendido e seja elaborado um plano de ação eficiente, ágil e simplificado para as diversas demandas que podem surgir dentro de uma organização.

   O 5W2H surgiu no Japão dentro do segmento automotivo como um conjunto estruturado de informações que permitem que seja desenvolvido um plano de ação para resolução de problemas e redução de desperdícios, sempre alinhado com o objetivo das organizações. Ao aplicar esta ferramenta tem-se a visão clara da necessidade de mudança ou não, de um processo. Sua aplicação é realizada em microcenários, onde após uma visão macro, constatar o problema (foco da melhoria) é analisado minuciosamente o que fazer para solucionar o problema.

   Para aplicar o 5W2H, antes de tudo você deve ter uma visão macro do problema e utilizar desta visão para construí-lo, pois com uma Visão Sistêmica você saberá o impacto que as possíveis mudanças planejadas terão em outras áreas da empresa e isso é muito importante, temos que ter em mente que não devemos apenas olhar pontualmente um problema, conhecer os fatores externos ao seu ambiente evitará que o problema “troque de lugar”. Esta ferramenta possui 7 perguntas chaves e pode ser montada por exemplo no template da figura 1.

Figura 1 – Template 5W2H

Fonte – Criação Própria

   Como já falamos qual a aplicação do 5W2H, vamos as perguntas e como conduzir a análise:

What: Comece pelo objetivo, todo projeto necessita ter uma motivação/desafio para ser realizado e esta motivação deve ser clara, específica e mensurável de modo que todos da equipe compactuem com ela. É com base nesta resposta que você e sua equipe irão responder as outras perguntas desta ferramenta, verifique também se a atividade atual possui resultados precisos e repetitivos, com isso você terá informações para começar.

Why: Nesta pergunta, como complemento da pergunta anterior, de um motivo pelo qual você quer atingir aquele objetivo e delimite, mostre o impacto do processo por exemplo se ele continuar como está, tenha uma boa justificativa para a realização.

Where: É uma pergunta mais simples, mas não menos importante. Informe nesta etapa onde será aplicado o projeto ou mudança que você está planejando, pode ser um local físico, ou digital, dependendo do tipo de projeto que você está tocando.

When: Tão importante quanto se saber o que precisa, é estabelecer um prazo para colocar em prática o que foi planejado. Prazos permitem que você e seu time conheçam quando será possível entregar os resultados e te dá a segurança em saber se está ou não dentro do prazo combinado.

Who: Não podemos esquecer de nomear os envolvidos pelo projeto, conhecendo os responsáveis você saberá dos recursos técnicos e financeiros disponíveis para melhor dividir as atividades. Tendo um dono da atividade você terá alguém para te informar o andamento do projeto e os possíveis impedimentos que podem ser encontrados no meio do caminho.

How: Esta é uma das perguntas mais importantes. Procure definir aqui como serão executadas as atividades para que o objetivo seja alcançado. Detalhe o passo a passo até a entrega do projeto, pois com as atividades em mãos você poderá direcionar aos responsáveis ou responsável pela execução e assim se assegurar de que tem o que precisa para colocar em prática o que foi planejado, ou até mesmo buscar novos recursos caso precise.

How Much: Todo projeto tem algum custo e tempo de trabalho envolvido. Faça uma estimativa do quanto você poderá gastar para aplicar este projeto, comece com orçamentos e à medida que o projeto for ganhando forma, mantenha esta informação atualizada e procure mostrar o quanto a empresa tem deixado de ganhar com determinado processo, ou até mesmo quanto ela tem perdido com isso. Certamente este é um forte apelo a aprovação e execução do seu plano de ação.

   Com todas perguntas respondidas em mãos, você terá um plano bem definido sobre os elementos necessários para atingir o seu objetivo. Esta ferramenta pode ser aplicada em diversos setores de uma empresa com o objetivo de ter um plano de ação estruturado, ela contribui muito quando realizada após a aplicação de outras ferramentas como análise SWOT ou PEST por exemplo, ou seja, ela também é um importante complemento de análise de negócio. Lembre-se da filosofia da melhoria contínua “não existe nada tão bom, que não tenha a possibilidade de ser melhorado”, você não só pode como deve analisar continuamente seu ambiente e certamente encontrará a oportunidade de aplicar esta ferramenta outras vezes.

Obrigado!

Analise SWOT – Realizando uma leitura de mercado

Analise SWOT – Realizando uma leitura de mercado

   Para conhecer o potencial de um novo produto, projeto ou até mesmo um novo negócio, você precisa de uma ferramenta que te permita enxergar o que você e seu time planejou e também necessita de uma ferramenta que te mostre as possibilidades do que você pode encontrar em seu caminho. A análise SWOT pode te ajudar nestes desafios, ela foi desenvolvida por Albert Humphrey em 1960 com o objetivo de se ter um estudo simples, rápido e preciso dos impactos que os projetos podem causar no mercado.

   A análise SWOT permite avaliar os possíveis cenários para o seu projeto antes de tirá-lo do papel, aumentando suas chances de sucesso. Esta ferramenta de planejamento estratégico faz com que sejam analisados os impactos positivos e negativos de uma ideia e é muito utilizada pelas empresas para entender a viabilidade da aplicação de projetos de alto impacto no mercado, embasando as decisões que serão tomadas no negócio.

   Entender os riscos é fundamental para que se tenha um plano de ação para mitigá-los ou eliminá-los quando possível, pois com toda certeza conhecer os riscos permitirá que as oportunidades encontradas sejam melhor aproveitadas. A análise SWOT proporciona uma reflexão dos pontos positivos e negativos internos do projeto/empresa, que na maior parte do tempo podem ser controlados e também apresenta uma visão dos fatores externos que influenciam o que está sendo desenvolvido. Fatores externos podem representar um entendimento sobre fatores culturais, concorrentes, fatores sociais e também o ambiente econômico.

   Para entender os fatores internos do projeto/negócio é necessário avaliar alguns critérios que irão te assegurar a capacidade que sua estrutura tem de executá-lo. Procure conhecer os recursos que estão disponíveis, um projeto necessita de pessoas capacitadas e na maioria das vezes de recurso financeiro, entenda a sua capacidade de operação, quais são os recursos tecnológicos que você tem e como é a cultura de sua organização.

   Analisar fatores externos do seu projeto é fazer um estudo de mercado e entender tudo o que pode estar relacionado com seu produto ou negócio de forma favorável e desfavorável. Aqui é procurado entender as forças atuantes em seu nicho e como você se relaciona com elas, entenda o perfil comportamental de seus clientes e conforme já citado, entenda o ambiente econômico analisando o poder de compra de seus futuros clientes, pois de nada adianta desenvolver soluções incríveis se o custo de seu projeto não é atrativo ao mercado.

   Vamos então aos significados de cada sigla da análise SWOT e como defini-las, um exemplo da matriz SWOT pode ser visto na figura 1:

Figura 1 – Matriz SWOT

Fonte – Criação Própria

   Strengths (Pontos Fortes) – Aqui são analisados os atributos que fazem com que o cliente tenha preferência ao que você oferece quando comparado aos seus concorrentes, ou seja, é o seu diferencial, que será um dos critérios ganhadores de mercado/clientes. Podemos considerar como ponto forte uma solução que ainda não é oferecida ou que está melhor estruturada quando comparada ao que já é oferecido, processos mais ágeis, autoridade de marca ou tema abordado.

   Weaknesses (Pontos Fracos) – Nada é perfeito, o seu projeto por mais inovador e bem planejado que ele possa ser feito, ele continuará tendo uma fraqueza e caberá a você definir critérios que façam com que o seu propósito seja seguido. Um conceito que pode ser relacionado a esta análise é o triângulo das triplas restrições ou triângulo de ferro demonstrado na figura 2, onde é possível constatar que a cada mudança em preço, prazo ou escopo ao menos uma das partes é afetada e a qualidade do que está sendo oferecido também fica suscetível as mudanças. É importante que você entenda logo no início se o que você oferece possui diferencial no escopo, prazo, qualidade ou preço, pois seguindo o conceito do triângulo, a cada ponto fraco podemos ter um ou mais pontos fortes equivalentes. Pode ser considerável o estabelecimento de parcerias a fim de minimizar as fraquezas encontradas no projeto.

Figura 2 – Triplas restrições ou Triângulo de Ferro

Fonte – Criação Própria

   Opportunities (Oportunidades) – Aqui são observados quais comportamentos do mercado podem ser favoráveis ao que você está oferecendo. Oportunidades são acontecimentos relacionados ao seu projeto que quando ocorrem podem aumentar o seu desempenho de vendas por exemplo. É importante entender que existem eventos previsíveis e imprevisíveis, mas com uma análise de mercado recorrente você estará preparado para aproveitar as tendências.

   Threats (Ameaças) – Para finalizar, nesta etapa são descritos os pontos que são desfavoráveis ao seu projeto. Assim como foi comentado sobre as oportunidades, também existem ameaças previsíveis e imprevisíveis, mas com uma análise continua de seu nicho e dos acontecimentos você poderá planejar para se prevenir de alguns problemas.

   As informações contidas no quadro quando analisadas em combinação, também proporcionam novos insights do projeto.

   Forças e Ameaças: Entenda se os seus pontos fortes minimizam o impacto de suas ameaças.

   Fraquezas e Ameaças: Entenda se os seus pontos fracos podem ser corrigidos para mitigar o impacto das ameaças.

   Forças e Oportunidades: Entenda se os seus pontos fortes tem potencial para expandir as oportunidades.

   Fraquezas e Oportunidades: Entenda se os seus pontos fracos podem ser minimizados para que você possa aproveitar as oportunidades.

   Após realizar a análise SWOT você terá um panorama do impacto que seu projeto pode ter no mercado e ela te dará uma posição estratégica para implementar seu produto/negócio ou até mesmo enxergar a inviabilidade da aplicação. Também é um fato relevante que tendo a visão analítica do que você estará oferecendo, você encontrará melhorias que podem ser implementadas em seu portfólio e da mesma forma que melhorias são vistas, problemas também são identificados prontamente, permitindo que você desenvolva um plano de ação caso eles ocorram, te dando segurança para a tomada de decisão. Tenha em mente que inovar nem sempre é criar algo novo, muitas vezes desenvolver soluções melhores sob a óptica do cliente já é um sinal de inovação.

Canvas e Pitch conquistando pessoas e desenvolvendo negócios

Canvas e Pitch conquistando pessoas e desenvolvendo negócios

     Você já parou para pensar que o nosso maior ativo é o tempo? Todas as outras variáveis com que temos contato diário podem ser controladas ou adaptadas, porém o tempo é algo que não conseguimos controlar, o aqui e o agora é um ativo muito importante que nós queiramos ou não já está passando e o tempo que passei estudando o tema que será abordado e você está usando para ler este artigo é algo que não irá voltar. Muitos ditados antigos dizem que “tempo é dinheiro”, porém continuando com a ressignificação do modo como enxergamos as coisas, vale uma adaptação deste ditado, dizendo que “tempo é vida”, o dinheiro pode ser conquistado com o tempo, mas o tempo de sua vida não pode ser comprado com o dinheiro.

     Talvez você esteja se perguntando o motivo de ter sido abordado a variável tempo, não é mesmo? Em meu artigo sobre Design Thinking comentei sobre 2 ferramentas que se correlacionam diretamente com esta variável que são o Canvas e o Pitch. Mas, afinal o que são estas duas ferramentas? Pitch é uma ferramenta onde você desenvolve uma apresentação sucinta de seu projeto ou negócio com a intenção de atrair a atenção de possíveis stakeholders, provavelmente você que já assistiu o programa Shark Tank viu diversas apresentações geniais deste tipo, onde foram apresentados os resultados e modelo dos negócios de maneira clara e rápida, ou pode ter visto algum programa onde dentro de um elevador uma pessoa apresenta seu projeto a seu possível apoiador aplicando a técnica do Elevator Pitch de maneira muito rápida, porém eficiente. Neste artigo irei te mostrar como estruturar um pitch para seu projeto ou negócio, você certamente poderá utilizar esta técnica em uma entrevista de emprego ou apresentando seu negócio caso você empreenda, ou até mesmo apresentando aos seus superiores na empresa um projeto para solução de problemas, criação de novos produtos e incremento de resultados.

     Agora vamos definir brevemente o que é o Canvas. O Canvas é uma ferramenta onde é estruturado um plano de negócios resumidamente, focando nos pontos principais do negócio ou projeto. Vale lembrar que embora existam diversas variações do Canvas, ele surgiu por meio de um estudo do pesquisador Suíço Alexander Osterwalder que estruturou a ferramenta após analisar diversos modelos de negócio e encontrar pontos em comum de estruturação das ideias de funcionamento que possibilitaram o aceite pelos apoiadores. Alguns dos Canvas mais usuais e interessantes são descritos abaixo:

– Business Model Canvas: Criado por Alexander Osterwalder, este modelo foi desenvolvido com o intuito de estruturar diferentes modelos de negócio buscando a inovação dentro de cada nicho. O template do Business Model Canvas pode ser analisado na figura 1.

Figura 1 – Template Business Model Canvas

Fonte da ilustração – Criação própria

Passo a passo para montar o Business Model Canvas:

Value Propositions – Defina o produto ou serviço que será entregue e o valor que ele representa ao cliente. Informe o motivo pelo qual seu cliente irá adquirir este produto/serviço.

Customer Segments – Defina logo em seguida quais são os clientes que o projeto irá atender, encontre um perfil específico de cliente, qual ou quais grupos ele frequenta, onde ele pode ser encontrado e quais as necessidades em comum.

Channels – Como o seu produto/serviço será conhecido e como ele chegará ao cliente? Como será a interação do cliente com o produto?

Customer Relationships – Defina qual será o plano de ação para conquistar e manter um relacionamento próximo ao cliente.

Revenue Streams – Defina como e quanto se pagará o seu produto.

Key Resources – Neste campo informe os recursos necessários para a entrega da proposta de valor fazendo com que o projeto funcione.

Key Activities – Informe as ações necessárias para que a proposta de valor seja realizada.

Key Partners – Defina quais são os parceiros chave que o projeto necessita para que seja realizado com sucesso, podem ser parceiros de capital intelectual ou recursos materiais e financeiros.

Cost Structure – Informe quais serão os gastos do projeto para que todas entregas sejam realizadas e o objetivo principal seja atendido.

– Project Model Canvas: Criado por José Finocchio Junior, este modelo foi desenvolvido com o objetivo de auxiliar no planejamento e controle de projetos. O template do Project Model Canvas pode ser analisado na figura 2.

Figura 2 – Template Project Model Canvas

Fonte da ilustração – Criação própria

Passo a passo para montar o Project Model Canvas

Justificativas – Neste campo procure descrever em que situação o ambiente onde está proposto o projeto ficará caso o projeto não seja implementado e quais problemas irão continuar acontecendo.

Objetivo Smart – Escreva brevemente qual é objetivo do seu projeto, sendo específico, declarando métricas, mostrando onde se planeja chegar, o porquê é importante realiza-lo e em quanto tempo o projeto será finalizado e os resultados irão aparecer.

Benefícios Futuros – Utilize drivers de valor neste campo, como por exemplo, o quanto a receita da empresa irá aumentar, de quanto será a redução do custo ou até mesmo como o projeto melhorará a imagem da empresa.

Produto – Informe qual é o produto ou serviço que será entregue quando o projeto for encerrado.

Requisitos – Informe quais são as funcionalidades do produto ou serviço que serão entregues e que irão atender as necessidades do cliente/empresa.

Stakeholders Externos – Informe quem são os apoiadores externos de seu projeto, como por exemplo prestadores de serviços ou órgãos públicos, encontre as possíveis resistências e defina o que pode ser feito a respeito.

Equipe – Informe quem são os responsáveis pela execução do projeto e qual a frequência de tempo que será dedicada ao projeto.

Premissas – Deixe claro o que é esperado de cada um dos apoiadores do projeto e como se espera que eles atuem.

Riscos – Informe os riscos globais do projeto.

Restrições – Informe e defina as limitações de prazo, custo, restrições legais, limite técnico e de qualidade do produto.

Grupos de Entrega – Quebre as entregas do projeto em pequenas etapas definindo quem será o responsável por cada entrega.

Linha do Tempo – Aqui defina o tempo que levará cada atividade, quando ela irá começar e quando se planeja termina-la.

Custos – Apresente um orçamento do projeto, com os custos que cada atividade pode levar e acrescente uma reserva de emergência.

– Business Model You: Criado por Alexander Osterwalder, este modelo de canvas foi elaborado com a missão de ajudar as pessoas a definirem seus objetivos de carreira. O template do Business Model You pode ser analisado na figura 3.

Figura 3 – Template Business Model You

Fonte da ilustração – Criação própria

Passo a passo para montar o Business Model You

How you help? – Defina como você irá ajudar as pessoas, assim como em negócios, pessoas que procuram sucesso no mundo profissional devem entregar valor a seus clientes, descreva em poucas palavras por exemplo: “irei ajudar meus clientes a atingirem uma melhor eficiência em suas tarefas do dia a dia por meio de …”

Who you help? – Procure definir quem são as pessoas que você ajuda ou procura ajudar em seu dia a dia. Defina por exemplo qual a idade do seu público, qual a escolaridade, desejos, comportamentos, gostos …

How you deliver? – Entenda como o seu cliente chega até você e/ou como você chega até ele, este contato pode ser presencial ou por meio das redes sociais, defina qual é o melhor canal para o que você está oferecendo e em qual canal você pode se dedicar mais.

How you Interact? – Como você irá interagir com o seu cliente? Qual será a experiência que você irá proporcionar a ele para que ele procure seus serviços e produtos outras vezes? Marketing de conteúdo por e-mail e mídias sociais são muito utilizados atualmente.

What you get? – Procure definir quais serão os benefícios/resultados que você terá ao realizar o que foi descrito, é importante lembrar que após terminar o seu canvas caso os benefícios e resultados esperados não estejam sendo conforme você planejou, realize uma reflexão e procure entender o que mais ou como você poderia entregar valor para receber o que você deseja.

Who you are? – Aqui é muito importante definir quem você é e quais recursos você possui para tornar realidade o que você planejou.

What you do? – O que você tem feito? Quais são os seus gostos e hobbies? O que diferencia você das outras pessoas? Lembre-se, você é como você age perante a tudo no seu dia a dia.

Who helps you? – Neste campo informe quem ajuda você no dia a dia. Quais são as pessoas que mais interagem com você e contribuem positivamente em suas atividades? Preencha este campo com os nomes das pessoas que mais te apoiam na vida, procure incluí-las em seu dia a dia e também procure entregar valor a elas, seja com apoio, dicas e incentivo naquilo que elas desejam conquistar.

What you give? – Nada pode ser conquistado sem um preço. Você irá dispender tempo e energia para que aconteça tudo aquilo que você planejou? Caso necessite de recurso financeiro você está preparado e disposto a utilizar em favor de atingir seus objetivos? Talvez aquilo que você planejou necessite de um investimento para adquirir conhecimento ou recursos materiais para poder criar o que foi planejado.

– Lean Startup Canvas: Criado por Ash Maurya, este modelo foi desenvolvido para auxiliar na estruturação de startup´s. O template do Lean Startup Canvas pode ser analisado na figura 4.

Figura 4 – Template Lean Startup Canvas

Fonte da ilustração – Criação própria

Passo a passo para montar o Lean Startup Canvas

Problem – Descreva qual é o problema prioritário que será resolvido.

Existing Alternatives – Pesquise e informe quais são as alternativas existentes no mercado para resolver o problema que foi apontado.

Customer segments – Defina quem são os seus clientes, separe-os em categorias de acordo com a divisão que for possível realizar (idade, formação, gostos…)

Early adopters – Entenda quais são os clientes mais fáceis de serem atingidos incialmente.

Unique value proposition – Informe neste campo qual é o motivo principal pelo qual as pessoas te procurariam para adquirir seu produto/solução e o que o diferencia do que já é oferecido pelo mercado.

High level concept – Faça uma analogia do que você oferece com o que o mercado oferece.

Solution – Quais são as funcionalidades do produto/solução oferecida? Estas funcionalidades devem deixar claro como o seu produto resolve o problema do cliente e o porquê ele é uma solução eficiente.

Channels – Como você pretende atingir o seu público? Conforme já falado anteriormente, podem ser redes sociais ou presencialmente, procure detalhar.

Revenue steams – Qual será o fluxo de receita do seu negócio? Descreva como o produto/serviço irá gerar receita.

Cost structure – Quais são os custos operacionais que o projeto terá? Estime custos fixos e variáveis neste campo.

Key Metrics – Quais serão as métricas chave para definição de sucesso do projeto? Caso necessite de auxílio para estruturar as métricas você pode encontrar informações em meu artigo sobre KPI´s que possam te ajudar.

Unfair advantage – Entenda qual é o seu diferencial. Você oferece algo que não é facilmente replicável?

– Marketing Model Canvas: Outro modelo muito interessante de Canvas é este Canvas de Marketing que foi desenvolvido para o planejamento e apresentação de novas campanhas de marketing. O template do Marketing Model Canvas pode ser analisado na figura 5.

Figura 5 – Marketing Model Canvas

Fonte da ilustração – Criação própria

Passo a passo para montar o Marketing Model Canvas

Value propositions – Defina aqui qual é a proposta de valor que o seu conteúdo irá entregar ao cliente. Quais benefícios o seu conteúdo trará ao cliente? Qual é o seu principal conteúdo a ser entregue? Ele deve estar alinhado com as diretrizes da empresa.

Key Metrics – Defina quais são as métricas a serem analisadas e o que será necessário atingir para que o projeto seja um sucesso.

Persona – Entenda qual é o seu cliente e como ele se comporta. Quais são seus gostos, desejos, lugares que frequenta. Entender com quem você irá se comunicar é o fator chave para definir o tipo de linguagem que será aplicada. Caso queira entender um pouco mais a definição de Persona você pode encontrar conteúdo em meu artigo sobre Design Thinking.

Channels – Tanto quanto em outros tipos de canvas, no canvas de marketing também é crucial entender qual é o canal que sua persona pode ser encontrada. Seja por e-mail, blog, You Tube …

Key Activities – Descreva em tópicos quais são as atividades chaves que devem ser entregues para garantir o sucesso da sua campanha.

Pain Points – Procure entender o que mais incomoda sua persona. Quais são suas dores e necessidades. Entender isso é importante para que sua campanha atenda o que seu cliente precisa e que desperte o interesse dele pela sua marca/produto.

Content/promotions – Qual é o diferencial do seu produto? Este diferencial pode ser replicado facilmente pelos seus concorrentes? Seu diferencial é o ponto chave do produto que você oferece?

Budget – Tenha descrito quais são os recursos financeiros disponíveis para a aplicação de sua campanha.

Projected ROI – Demonstre por meio de cálculos qual é o retorno esperado pelo investimento. Você também pode encontrar informações sobre como é calculado ROI e Payback de projetos em meu artigo.

Após toda estruturação e organização de suas ideias de projeto, negócios, carreira ou campanha de marketing é também muito importante saber como passar a informação para o seu stakeholder. A maneira como é desenvolvida a comunicação seja com o uso da linguagem verbal, corporal, sensorial ou a combinação de ambas é o fator decisivo para conquistar apoiadores a tudo aquilo que você planejou e é exatamente por isso que não podemos deixar de estruturar o pitch para apresentação. Assim como o Canvas possui diversas variações (e neste artigo apenas foram descritas 5 delas e o modo como prepará-las) o pitch também possui diferentes estruturas, mas desta vez além da estrutura da informação temos o limite de tempo.

Iniciei o artigo falando sobre esta variável, pois sempre você terá que vender sua ideia, seja para um futuro sócio, seja para seu cliente final e o tempo que você terá de visibilidade em uma conversa ou vídeo será mínimo na maioria das vezes no início, sendo mais do que uma prova de que você deve estar preparado para passar a mensagem principal ao ouvinte despertando o interesse dele para seus próximos minutos ou horas de conversa.

Então vamos a alguns tipos de pitch:

One Sentence Pitch (também chamado de Twitter Pitch) – Esta técnica tem como objetivo resumir a sua ideia em apenas uma frase. Aqui é importante lembrar que não deve ser focado em detalhes o objetivo principal é focar nos elementos que mostram o valor da ideia. Procure estruturar do seguinte modo:

– Nome da empresa

– Qual é o produto que você oferece

– A qual mercado seu produto pertence

– Qual problema ele resolve

– Qual é o seu diferencial

Exemplo de como poderia ser um pitch da empresa Nubank.

“A empresa Nubank tem como objetivo oferecer aos seus clientes um cartão de crédito sem anuidade, para clientes que não querem perder tempo com burocracia “.

                Após esta introdução viriam perguntas sobre como a empresa irá funcionar, qual o ROI esperado, quantas pessoas podem ser impactadas dentro de um período de tempo.

Elevator Pitch – Aumentando levemente o tempo de sua apresentação, temos o elevator pitch que pode durar de 30 a 60 segundos. Aqui o foco também é apresentar qual é a proposta de valor do projeto. Procure estrutura-lo do seguinte modo:

– Introdução (storytelling)

– Problema (job to be done)

– Solução entregue

– Cliente alvo/persona

– Diferenciais

– Experimento

– Final feliz da persona

– Oferta para investidores

Exemplo de como poderia ser um pitch da empresa Mc Donalds:

João é um jovem de 20 anos em início de vida acadêmica que não tem muito tempo para sair com os amigos durante a semana, como João gosta muito de fast food o Mc Donalds oferece lanches saborosos que podem ser entregues em até 5 minutos com várias possibilidades de combinações (batata, milk shake e sorvete) coisa que seus concorrentes levam muito mais tempo para produzir. O negócio foi implementado inicialmente em San Bernardino na Califórnia e em poucas semanas caiu no gosto dos jovens que agora encontraram um lugar gostoso para comer. Para participar do negócio o investimento mínimo é de R$100.000,00, e ai, você vem com agente? Amo muito tudo isso!”

O que achou deste tipo de apresentação? Caso queira saber quanto tempo ela durou, a duração foi de apenas 30 segundos. Note que foi apresentada uma persona, neste caso o João, dando ideia de que tipo de público o negócio pretende atingir, mostrou-se o diferencial que é a velocidade e as diversas combinações de produtos e apresentou-se o a quantia necessária para investimento. Vale lembrar que inseri um valor simbólico! O valor mínimo para uma franquia do Mc Donalds aqui no Brasil é de R$1,2 milhões.

Pitch deck – Este pitch consiste na combinação de efeitos visuais e sonoros, é claro que os outros pitchs apresentados também podem contar com estes efeitos, dependendo da criatividade do apresentador, já pensou num pitch de 30 segundos utilizando a plataforma Tik Tok? Parece algo muito diferente, mas completamente possível se bem estruturado. Recursos visuais se bem utilizados e combinados com a fala do apresentador pode despertar a atenção do público. Aqui por meio de texto não é possível demonstrar o uso desta técnica, mas utilizando tudo o que já foi apresentado você pode incluir os efeitos visuais que mais combinam com o seu projeto.

Finalizando este artigo vale lembrar que todos os canvas e técnicas de pitch que foram apresentadas podem e vão te ajudar a não só atrair a atenção de seu público, como também irão aumentar sua taxa de aprovação para execução de projetos. Espero de verdade que este artigo tenha sido importante para você e estou a disposição para conversarmos sobre o assunto caso você queira.

Muito obrigado !

Design Thinking

Design Thinking – Uma Técnica para Criar Projetos Fora de Serie

    Com toda certeza você já ouviu o termo Design Thinking centenas de vezes, seja na TV, em aula, em algum vídeo ou até mesmo já utilizou em seu trabalho. Mas, se você precisasse tirar a sua ideia do papel agora mesmo, você saberia explicar o que é o Design Thinking e quais passos te ajudam a estrutura-lo? Podemos definir Design Thinking como a união e estruturação das melhores ideias para resolução de problemas ou criação de produtos de modo a agregar valor tanto para o fornecedor quanto para o cliente recebedor da solução/produto.

    Esta técnica é estruturada completamente com foco no cliente, pois em suas etapas de execução todos os envolvidos no projeto procuram entender qual é a Persona que se beneficiará com o projeto/solução e também procuram contato com o cliente final a fim de validar o que foi estruturado. Você já ouviu falar do conceito de definição da Persona? Antes de aprofundar na técnica de ideação vamos falar um pouco sobre Persona.

  Definir a Persona é buscar entender como é e como age o usuário do produto/solução que será criada. Entendendo os hábitos e gostos do usuário ficará mais simples de idealizar sob o viés do cliente a entrega final, este é o ponto chave do Design Thinking, pois no método convencional é pensado em como resolver o problema da maneira mais fácil para quem está com a mão na massa (a equipe), porém passam despercebidas informações valiosas que agregam valor ao seu cliente e que só podem ser encontradas entendendo a persona e somente após isso estruturando a maneira mais simples de resolver o problema.

    Na figura 1 temos algumas perguntas utilizadas para definir a persona, vale lembrar que esta definição possui uma aplicação gigantesca no mercado e também é muito utilizada para o direcionamento do marketing digital. Entender pra quem será realizada a entrega do projeto e estruturar sobre o viés desta pessoa é fundamental para o seu sucesso.

Figura 1 – Estruturação da Persona

Fonte – Criação Própria

    Você já percebeu que o Design Thinking é o conjunto de métodos e processos utilizados para abordar formas de solução de problemas, adquirindo informações e conhecimento sobre o contexto em que o projeto se aplica. Vamos então listar os processos pilares desta técnica:

  1. Desejo das pessoas: Entenda o que sua persona precisa e o que agrega valor a ela.
  2. Viabilidade de negócio: Analise quais os possíveis e reais retornos financeiros que a sua solução pode proporcionar e se o modo como irá aplicar permitirá um posicionamento estratégico no mercado.
  3. Praticabilidade por meio da tecnologia: Como a tecnologia é um meio poderoso de atração de atenção no dia a dia, entenda se seu projeto é tecnologicamente viável.

    Respeitando os pilares da técnica, siga as seguintes etapas:

  1. Imersão

– Se aproxime do problema, descreva bem precisamente e em poucas palavras qual é o problema a ser analisado. O problema deve ser escrito com base no consenso do time por meio da user story.

– Benchmarking, verifique se este problema já é resolvido de alguma maneira no mercado, em caso afirmativo, liste os modos de solução encontrados.

 O que o seu cliente considera como solução do problema? Quais são as premissas e restrições?

 Tenha em mãos a sua persona criada e valide por meio de pesquisas/entrevistas com os seus futuros clientes.

 

  1. Análise e síntese

– Organize as informações obtidas.

– Verifique se todos enxergam o problema em sua totalidade.

– Crie uma história do problema encaixando sua persona.

 

  1. Ideação

– Com seu time de projeto faça uma rodada de brainstorming

– Após a rodada de brainstorming listem todas as ideias e classifiquem com os critérios balizadores descritos nos 3 pilares (desejabilidade, viabilidade e praticabilidade)

 

  1. Prototipação

– Procure materializar a ideia em um conceito MVP (mínimo projeto viável)

– Valide novamente se sua solução resolve o problema em sua totalidade

– Identifique os stakeholders do projeto e monte uma apresentação para obter o aceite do projeto, uma apresentação sucinta tem grandes chances de ser aprovada quando mostrada a eficácia do projeto e o potencial de retorno. É recomendado a estruturação de um pitch e/ou a montagem de um canvas para explicar em uma única tela o projeto.

    Com o plano de projeto em mãos procure entender seu verdadeiro potencial dentro do mercado. O que foi criado é disruptivo? Com os recursos atuais que seu time possui é possível desafiar o modelo de negócio de grandes players do mercado? Grandes empresas atuais como exemplo a Uber, Nubank, Ifood criaram soluções práticas que mesmo com um mercado já abastecido de soluções, com uma proposta inteligente conquistaram seu espaço.

    É válido lembrar que grandes players focam diariamente em melhorias nos produtos que já são oferecidos e possuem uma altíssima demanda, o que analisando a característica da curva de oferta e demanda torna-se uma oportunidade, pois alguns segmentos do mercado são fortemente explorados e outros nem tanto, criando a possibilidade de se mostrar ao mercado que ele precisa de seu produto que está sendo projetado.

  Novos players que focam em segmentos menos atendidos, oferecendo soluções acessíveis, enquanto grandes players focam no aumento da rentabilidade de seus produtos em outros segmentos, tendem a encontrar um oceano azul, onde existe a possibilidade de conquistar o mercado a cada dia que passa entregando performance e disrupção.

    Para sua apresentação, também é importante mostrar ao stakeholder onde o sua solução se encaixa dentro de uma matriz de inovação, como exemplo na figura 2 onde temos o eixo da disrupção e o eixo do resultado financeiro esperado, temos a divisão por níveis baixo, médio e alto que mostram a visão do negócio dentro do mercado atual.

Figura 2 – Matriz de Inovação

Fonte – Criação própria

    Dentro do eixo de inovação os 5 drivers mais utilizados pelas empresas são:

  1. Clientes: Encontrando novos segmentos, prioridades e necessidades.
  2. Concorrentes: Competindo com produtos de baixo custo, disruptores e/ou observando novos players do mercado.
  3. Novas tecnologias: Robótica, IA, IOT, big data.
  4. Descontinuidades: Sustentabilidade, economia, legalidade.
  5. Atração de talentos: Propósito definido e retenção de talentos.

 

    Com o conhecimento das etapas de aplicação do Design Thinking em mãos, você tem uma ferramenta incrível que pode fazer seu projeto conquistar um lugar no mercado e crescer melhorando a vida de seus clientes, gerando empregos e conquistando sua independência financeira. O design thinking tem como base a empatia de fazer com que o time se coloque no lugar do cliente e com experimentações e protótipos fazem com que grandes ideias surjam com os menores recursos financeiros possíveis. Como diria Napoleon Hill em seu livro “Quem Pensa Enriquece”, grandes negócios nascem de uma ideia com propósito definido e perseverança para fazer acontecer!