Design Thinking

Design Thinking – Uma Técnica para Criar Projetos Fora de Serie

    Com toda certeza você já ouviu o termo Design Thinking centenas de vezes, seja na TV, em aula, em algum vídeo ou até mesmo já utilizou em seu trabalho. Mas, se você precisasse tirar a sua ideia do papel agora mesmo, você saberia explicar o que é o Design Thinking e quais passos te ajudam a estrutura-lo? Podemos definir Design Thinking como a união e estruturação das melhores ideias para resolução de problemas ou criação de produtos de modo a agregar valor tanto para o fornecedor quanto para o cliente recebedor da solução/produto.

    Esta técnica é estruturada completamente com foco no cliente, pois em suas etapas de execução todos os envolvidos no projeto procuram entender qual é a Persona que se beneficiará com o projeto/solução e também procuram contato com o cliente final a fim de validar o que foi estruturado. Você já ouviu falar do conceito de definição da Persona? Antes de aprofundar na técnica de ideação vamos falar um pouco sobre Persona.

  Definir a Persona é buscar entender como é e como age o usuário do produto/solução que será criada. Entendendo os hábitos e gostos do usuário ficará mais simples de idealizar sob o viés do cliente a entrega final, este é o ponto chave do Design Thinking, pois no método convencional é pensado em como resolver o problema da maneira mais fácil para quem está com a mão na massa (a equipe), porém passam despercebidas informações valiosas que agregam valor ao seu cliente e que só podem ser encontradas entendendo a persona e somente após isso estruturando a maneira mais simples de resolver o problema.

    Na figura 1 temos algumas perguntas utilizadas para definir a persona, vale lembrar que esta definição possui uma aplicação gigantesca no mercado e também é muito utilizada para o direcionamento do marketing digital. Entender pra quem será realizada a entrega do projeto e estruturar sobre o viés desta pessoa é fundamental para o seu sucesso.

Figura 1 – Estruturação da Persona

Fonte – Criação Própria

    Você já percebeu que o Design Thinking é o conjunto de métodos e processos utilizados para abordar formas de solução de problemas, adquirindo informações e conhecimento sobre o contexto em que o projeto se aplica. Vamos então listar os processos pilares desta técnica:

  1. Desejo das pessoas: Entenda o que sua persona precisa e o que agrega valor a ela.
  2. Viabilidade de negócio: Analise quais os possíveis e reais retornos financeiros que a sua solução pode proporcionar e se o modo como irá aplicar permitirá um posicionamento estratégico no mercado.
  3. Praticabilidade por meio da tecnologia: Como a tecnologia é um meio poderoso de atração de atenção no dia a dia, entenda se seu projeto é tecnologicamente viável.

    Respeitando os pilares da técnica, siga as seguintes etapas:

  1. Imersão

– Se aproxime do problema, descreva bem precisamente e em poucas palavras qual é o problema a ser analisado. O problema deve ser escrito com base no consenso do time por meio da user story.

– Benchmarking, verifique se este problema já é resolvido de alguma maneira no mercado, em caso afirmativo, liste os modos de solução encontrados.

 O que o seu cliente considera como solução do problema? Quais são as premissas e restrições?

 Tenha em mãos a sua persona criada e valide por meio de pesquisas/entrevistas com os seus futuros clientes.

 

  1. Análise e síntese

– Organize as informações obtidas.

– Verifique se todos enxergam o problema em sua totalidade.

– Crie uma história do problema encaixando sua persona.

 

  1. Ideação

– Com seu time de projeto faça uma rodada de brainstorming

– Após a rodada de brainstorming listem todas as ideias e classifiquem com os critérios balizadores descritos nos 3 pilares (desejabilidade, viabilidade e praticabilidade)

 

  1. Prototipação

– Procure materializar a ideia em um conceito MVP (mínimo projeto viável)

– Valide novamente se sua solução resolve o problema em sua totalidade

– Identifique os stakeholders do projeto e monte uma apresentação para obter o aceite do projeto, uma apresentação sucinta tem grandes chances de ser aprovada quando mostrada a eficácia do projeto e o potencial de retorno. É recomendado a estruturação de um pitch e/ou a montagem de um canvas para explicar em uma única tela o projeto.

    Com o plano de projeto em mãos procure entender seu verdadeiro potencial dentro do mercado. O que foi criado é disruptivo? Com os recursos atuais que seu time possui é possível desafiar o modelo de negócio de grandes players do mercado? Grandes empresas atuais como exemplo a Uber, Nubank, Ifood criaram soluções práticas que mesmo com um mercado já abastecido de soluções, com uma proposta inteligente conquistaram seu espaço.

    É válido lembrar que grandes players focam diariamente em melhorias nos produtos que já são oferecidos e possuem uma altíssima demanda, o que analisando a característica da curva de oferta e demanda torna-se uma oportunidade, pois alguns segmentos do mercado são fortemente explorados e outros nem tanto, criando a possibilidade de se mostrar ao mercado que ele precisa de seu produto que está sendo projetado.

  Novos players que focam em segmentos menos atendidos, oferecendo soluções acessíveis, enquanto grandes players focam no aumento da rentabilidade de seus produtos em outros segmentos, tendem a encontrar um oceano azul, onde existe a possibilidade de conquistar o mercado a cada dia que passa entregando performance e disrupção.

    Para sua apresentação, também é importante mostrar ao stakeholder onde o sua solução se encaixa dentro de uma matriz de inovação, como exemplo na figura 2 onde temos o eixo da disrupção e o eixo do resultado financeiro esperado, temos a divisão por níveis baixo, médio e alto que mostram a visão do negócio dentro do mercado atual.

Figura 2 – Matriz de Inovação

Fonte – Criação própria

    Dentro do eixo de inovação os 5 drivers mais utilizados pelas empresas são:

  1. Clientes: Encontrando novos segmentos, prioridades e necessidades.
  2. Concorrentes: Competindo com produtos de baixo custo, disruptores e/ou observando novos players do mercado.
  3. Novas tecnologias: Robótica, IA, IOT, big data.
  4. Descontinuidades: Sustentabilidade, economia, legalidade.
  5. Atração de talentos: Propósito definido e retenção de talentos.

 

    Com o conhecimento das etapas de aplicação do Design Thinking em mãos, você tem uma ferramenta incrível que pode fazer seu projeto conquistar um lugar no mercado e crescer melhorando a vida de seus clientes, gerando empregos e conquistando sua independência financeira. O design thinking tem como base a empatia de fazer com que o time se coloque no lugar do cliente e com experimentações e protótipos fazem com que grandes ideias surjam com os menores recursos financeiros possíveis. Como diria Napoleon Hill em seu livro “Quem Pensa Enriquece”, grandes negócios nascem de uma ideia com propósito definido e perseverança para fazer acontecer!

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